TEXTO 1:
TEXTO 2:
TEXTO 3:
GERAÇÃO CABEÇA-BAIXA E A
REALIDADE INTERSECCIONAL
A relação com a tecnologia na
vida contemporânea, diferentemente das gerações passadas, quando se podia optar
por assistir ou não a TV, não nos deixa a escolha de não integrar-se à vida
digital (...) as formas de relacionar-se
com esta tecnologia e com as pessoas, que são em última instância, são
inúmeras,tal qual as relações na vida real.
Mas uma delas é comum a praticamente
todos os jovens que, mesmo quando resistem a ela, estão vivendo-a, pois se
posicionam em relação à mesma.
(...)
Num bar, numa reunião de
negócios, nas aulas da faculdade, ou mesmo na intimidade do casal, o smartphone
parece uma extensão do corpo do usuário ao qual ele precisa recorrer em
intervalos controlados de tempo. A sensação de perda do momento presente quando
a pessoa não se conecta à rede para “saber o que está acontecendo”, seja checando
emails, entrando no Facebook para ver quem comentou seu post ou quem está
online, no Twitter para saber quem está onde fazendo o quê, no Instagram para
ver quem está no lugar mais legal, com quem, fotografando o quê, entre muitas
outras possibilidades que diferem de acordo com o interesse e valores do
usuário, é a sensação de exclusão, sequestro da realidade e falta de controle
sobre ela.
Um jovem pode passar a semana
planejando ir a uma festa descolada onde vai encontrar sua paquera e curtir com
seus amigos, mas tão logo ele chega na festa,você o encontra, em diversos
momentos – e entre alguns jovens, na maior parte dos momentos de cabeça baixa,
olhando para um artefato tecnológico na palma de sua mão que o poupa da
sensação de falta de controle e vivência totalizadora, real, do momento
presente. Ele está no lugar que queria, com as pessoas que queria,curtindo a
realidade palpável que queria, mas a noção de vivência da REALIDADE, de
experienciar o momento presente, apenas se torna fato para ele quando o real
offline e o real online estão ao seu alcance (...).
Autor: Vinícius Mesquita. Disponível em: http://www.academia.edu/5269337/GERA%C3%87%C3%83O_CABE%C3%87A-BAIXA_E_A_REALIDADE_INTERSECCIONAL_GERA%C3%87%C3%83O_CABE%C3%87A-BAIXA_E_A_REALIDADE_INTERSECCIONAL
Adaptado e modificado.
TEXTO 4:
NOMOFOBIA
Quantas vezes você já se pegou
checando e-mails pelo celular no horário do almoço? Ou verificando, a cada
cinco minutos, se chegou uma nova mensagem de texto? Se você se identifica com
as situações acima, cuidado: esses podem ser sinais da nomofobia — síndrome em
que o paciente fica dependente do telefone ou da internet.
— Aquela pessoa que usa muito o
celular por causa do trabalho, ou por algum outro motivo, não necessariamente
tem a doença. Mas se o esquecimento do aparelho em casa já é suficiente para gerar
um sofrimento, é preciso procurar ajuda — explica a pesquisadora do Laboratório
de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, Anna Lucia Spear
King.
A PhD em Saúde Mental estudou o
tema em sua tese de doutorado. No estudo, 34% dos entrevistados sem problemas
psicológicos afirmaram ter alto grau de ansiedade sem o telefone por perto. E 54%
disseram ter "pavor" de passar mal na rua sem o celular.
— A nomofobia não costuma
aparecer sozinha. Em geral, está associada aos transtornos de ansiedade, que
podem ser síndrome do pânico, transtorno bipolar, estresse pós-traumático, entre
outros. Tratando essas doenças com remédios e terapia, a nomofobia também
desaparece.
(...)
Uma pesquisa feita pela revista "Time"
e pela Qualcomm, em diversos países, mostrou que o uso do celular está cada vez
mais intenso. Dos cinco mil participantes, 79% disseram que se sentem mal sem o
telefone. No Brasil, 58% afirmaram que usam o celular a cada 30 minutos e 35% a
cada dez minutos.
Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/nomofobia-doenca-provoca-dependencia-do-celular-aprenda-perceber-os-sintomas-6593799.html
TEXTO 5:
Com base nos textos motivadores acima e na sua experiência de vida, escreva um texto dissertativo-argumentativo em que você aborde a questão das RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA CONTEMPORANEIDADE E SEUS REFLEXOS NA SOCIEDADE. Não se esqueça de criar uma proposta de ação social para a questão abordada.