"Não sabendo que era impossível, foi lá e fez."

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

A COMPLEXA RELAÇÃO ENTRE O HOMEM URBANO CONTEMPORÂNEO E O CARRO

TEXTO 1

“Se passar no vestibular, você ganha um carro!” A estratégia utilizada por alguns pais pode até funcionar como um estímulo; mas, segundo psicólogos, associar o esforço pessoal do filho a recompensas unicamente materiais dificulta o processo de amadurecimento do adolescente. “A promessa de recompensa funciona como um estímulo externo ao desenvolvimento do jovem, que com 18 anos já pode ser mobilizado pelos próprios desejos. Esse tipo de educação não promove a autonomia do indivíduo e pode provocar o prolongamento da adolescência”, avalia a psicopedagoga Laura Monte Serrat Barbosa, mestre em Educação. Para a especialista, o maior prêmio é o jovem compreender os benefícios do seu esforço.
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vestibular/conteudo.phtml?id=801035

TEXTO 2


TEXTO 3
“O carro propicia “status”, prazer, economiza tempo e estabelece-se, inclusive, uma certa relação amorosa entre o proprietário e seu veículo. No entanto, o automotor é responsável por uma enorme agressão ao meio ambiente e reforça o sedentarismo, fator que reflete negativamente na saúde do ser humano, sem falar nas muitas colisões, nos atropelamentos e suas repercussões. É preciso refletir sobre o uso indiscriminado desse meio de transporte! Para viagens casa-trabalho e para pequenos deslocamentos, deve ser evitado o seu uso. O transporte coletivo, pelo número de pessoas que transporta, é menos poluente e deve ser utilizado, além dos meios alternativos como a bicicleta.”
Giselle Noceti Ammon Xavier, coordenadora do projeto Pedala Floripa

TEXTO 4
“A falta de alternativas agrava a situação. Como Salvador é dependente de ônibus, principalmente por causa do perfil social da população que tem renda baixa e precisa desse tipo de transporte, com as paralisações, a cidade fica um caos. O sistema de trens urbanos, que serve à região do subúrbio, não é suficiente para aliviar o problema. A linha vai da Calçada a Paripe e é usada por apenas 20 mil pessoas diariamente. Além disso, o trem não é integrado ao resto do sistema de transporte. Para completar, a obra do metrô anda a passos de tartaruga. [No entanto] ainda que estivesse operando, o metrô “calça-curta” não resolveria. “
Jornal da Metrópole, 15/05/2009

TEXTO 5
“(...)O problema tem raízes bem mais profundas. O que é a violência, no trânsito ou em qualquer lugar? O trânsito é violento porque nele há manifestações de poder e conflitos sociais mal-resolvidos, e Estado ausente. O trânsito espelha a nossa sociedade extremamente desigual. Há pouca fiscalização e escassas punições porque automóveis particulares são sinais externos de força social e status. [Eles] foram elevados a ícones da classe bem-sucedida, que detém o poder.”
MIRANDA, Denir Mendes. Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, in http://frentetransitoseguro.com.br

TEXTO 6
“(...) Os motoristas que circulam nas grandes cidades brasileiras costumam se colocar na posição de sentinela prestes a enfrentar o inimigo. Qualquer comportamento considerado inadequado de outro motorista é motivo para o sangue subir à cabeça – e para o destempero que se traduz em buzinadas impacientes, "fechadas", palavras e gestos ofensivos. Muitas vezes, o motorista considera intolerável uma pequena infração que ele próprio costuma cometer. Eu posso, mas os outros não podem, é o argumento – quase sempre inconsciente – nesses casos. Por trás da selva em que se transformou o trânsito, repousa uma questão intrigante. A maioria dos motoristas só se comporta de forma agressiva quando está no carro. Fora dele, são pessoas de temperamento moderado. Por que, então, perdem a compostura e se tornam feras ao volante? As explicações mais comuns para essa mudança de atitude dizem respeito à irritação causada por congestionamentos cada vez mais freqüentes, à pressa e ao stress da vida moderna. Esses componentes certamente fazem parte da fúria motorizada, mas não são suficientes para justificá-la. “
http://veja.abril.com.br/290409/p_108.shtml

TEXTO 7


ESCREVA UM TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO EM QUE VOCÊ DISCORRA CRITICAMENTE SOBRE A COMPLEXA RELAÇÃO ENTRE O HOMEM URBANO CONTEMPORÂNEO E O CARRO. O TÍTULO É OBRIGATÓRIO!

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Maioridade Penal

Evidências:
MAIORIDADE PENAL (pagar penalmente como adulto) x IMPUTABILIDADE  PENAL (ser responsabilizado pelo crime cometido)

A discussão é sobre a redução da maioridade penal, e não da imputabilidade. Será que resolve?

MAIORIDADE PENAL x MAIORIDADE CIVIL

A discussão é sobre a idade para pagar penalmente pelo crime cometido, e isso não libera o jovem para fazer coisas que são proibidas em termos civis, como, por exemplo, dirigir com menos de 18 anos; comprar bebidas alcoólicas e colocar tatuagens sem autorização dos pais. Para isso acontecer aos 16 anos, teria que mexer na maioridade civil.

FATOS
Nos 54 países que reduziram a maioridade penal não se registrou redução da violência. A Espanha e a Alemanha voltaram atrás na decisão de criminalizar menores de 18 anos. Hoje, 70% dos países estabelecem 18 anos como idade penal mínima.
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O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo (aproximadamente 700 mil). Perde apenas para os EUA (2,2 milhões) e China (1,6 milhão).
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Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça- menores são responsáveis por 0,9% do total dos crimes praticados no Brasil. Se considerados apenas homicídios e tentativas de homicídio, o percentual cai para 0,5%; e crimes patrimoniais como furto e roubo (43,7% do total) e envolvimento com o tráfico de drogas (26,6%) constituem a maioria dos delitos praticados pelos menores que se encontram em instituições assistenciais do Estado cumprindo medida socioeducativa. 

DADOS, ESTATÍSTICAS E PESQUISAS

92,7% da população brasileira aprova a redução da maioridade penal (pesquisa da CNT- Confederação Nacional do Transporte, 2013)
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ONU, 2014, pesquisa Crime Trends (Tendências do Crime)- os países que consideram adulto, para fins penais, pessoa com menos de 18 anos são os que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), à exceção dos Estados Unidos e Inglaterra.
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Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), 2013- 57,4% dos nossos juízes são favoráveis à redução de 18 para 16 anos da maioridade penal
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Febem de São Paulo- maioria dos internos procedente dos bairros mais violentos de São Paulo
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Estudantes de 13 e 15 anos, 50,3% já ingeriram bebidas alcoólicas, 21,7% já dirigiram veículos motorizados, 7,3% afirmaram já ter feito uso de drogas ilícitas pelo menos uma vez.(IBGE –Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013)
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Dados estatísticos da Secretaria de Segurança Pública da Bahia indicam que o número de homicídios cometidos por adolescentes cresceu 117% nos últimos cinco anos.


   TESTEMUNHOS

OAB, Ordem dos Advogados do Brasil: "Redução da maioridade penal não fará criminalidade diminuir“
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Advogadol Flávio Dino, ex-presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil e membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara- uma alternativa à redução seria o aumento das penas dos maiores que se utilizassem dos menores para a prática dos delitos.
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Psiquiatra Leonardo Sauaia, do Núcleo de Psiquiatria Forense do Hospital das Clínicas de São Paulo, atuando, também, como psiquiatra da Febem, em São Paulo- "alguém que vive em um meio de absoluta impunidade tem mais possibilidades de delinquir porque sabe que isso não é problema".
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"Você só respeita aquilo que você teme. Se acreditar que com 17 anos não vai acontecer nada com você, vai praticar o crime." Jair Bolsonaro, Deputado Federal
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"Os políticos querem oferecer respostas fáceis e usam a redução maioridade penal como bandeira para gerar falsas ideias de solução para o problema da violência." Mário Volpi, oficial de Projetos do Unicef
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“O Estatuto da Criança e do Adolescente é a Lei da Impunidade no Brasil”- secretário de segurança pública do Piauí, Robert Rios


ESSE TEMA É BIPOLAR E, PORTANTO, PEDE QUE VOCÊ MOSTRE OS DOIS LADOS DA POLÊMICA: O QUE ALEGAM OS QUE DEFENDEM A REDUÇÃO, E O QUE AFIRMAM OS QUE SÃO CONTRA.
PARA A CONCLUSÃO, É BOM PROPOR UMA MUDANÇA EM ALGUMAS ÁREAS DO PAÍS ANTES DE SE APROVAR A REDUÇÃO DA MAIORIDADE.