“Se passar no vestibular, você ganha um carro!” A estratégia utilizada por alguns pais pode até funcionar como um estímulo; mas, segundo psicólogos, associar o esforço pessoal do filho a recompensas unicamente materiais dificulta o processo de amadurecimento do adolescente. “A promessa de recompensa funciona como um estímulo externo ao desenvolvimento do jovem, que com 18 anos já pode ser mobilizado pelos próprios desejos. Esse tipo de educação não promove a autonomia do indivíduo e pode provocar o prolongamento da adolescência”, avalia a psicopedagoga Laura Monte Serrat Barbosa, mestre em Educação. Para a especialista, o maior prêmio é o jovem compreender os benefícios do seu esforço.
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vestibular/conteudo.phtml?id=801035
TEXTO 2
TEXTO 3
“O carro propicia “status”, prazer, economiza tempo e estabelece-se, inclusive, uma certa relação amorosa entre o proprietário e seu veículo. No entanto, o automotor é responsável por uma enorme agressão ao meio ambiente e reforça o sedentarismo, fator que reflete negativamente na saúde do ser humano, sem falar nas muitas colisões, nos atropelamentos e suas repercussões. É preciso refletir sobre o uso indiscriminado desse meio de transporte! Para viagens casa-trabalho e para pequenos deslocamentos, deve ser evitado o seu uso. O transporte coletivo, pelo número de pessoas que transporta, é menos poluente e deve ser utilizado, além dos meios alternativos como a bicicleta.”
Giselle Noceti Ammon Xavier, coordenadora do projeto Pedala Floripa
TEXTO 4
“A falta de alternativas agrava a situação. Como Salvador é dependente de ônibus, principalmente por causa do perfil social da população que tem renda baixa e precisa desse tipo de transporte, com as paralisações, a cidade fica um caos. O sistema de trens urbanos, que serve à região do subúrbio, não é suficiente para aliviar o problema. A linha vai da Calçada a Paripe e é usada por apenas 20 mil pessoas diariamente. Além disso, o trem não é integrado ao resto do sistema de transporte. Para completar, a obra do metrô anda a passos de tartaruga. [No entanto] ainda que estivesse operando, o metrô “calça-curta” não resolveria. “
Jornal da Metrópole, 15/05/2009
TEXTO 5
“(...)O problema tem raízes bem mais profundas. O que é a violência, no trânsito ou em qualquer lugar? O trânsito é violento porque nele há manifestações de poder e conflitos sociais mal-resolvidos, e Estado ausente. O trânsito espelha a nossa sociedade extremamente desigual. Há pouca fiscalização e escassas punições porque automóveis particulares são sinais externos de força social e status. [Eles] foram elevados a ícones da classe bem-sucedida, que detém o poder.”
MIRANDA, Denir Mendes. Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, in http://frentetransitoseguro.com.br
TEXTO 6
“(...) Os motoristas que circulam nas grandes cidades brasileiras costumam se colocar na posição de sentinela prestes a enfrentar o inimigo. Qualquer comportamento considerado inadequado de outro motorista é motivo para o sangue subir à cabeça – e para o destempero que se traduz em buzinadas impacientes, "fechadas", palavras e gestos ofensivos. Muitas vezes, o motorista considera intolerável uma pequena infração que ele próprio costuma cometer. Eu posso, mas os outros não podem, é o argumento – quase sempre inconsciente – nesses casos. Por trás da selva em que se transformou o trânsito, repousa uma questão intrigante. A maioria dos motoristas só se comporta de forma agressiva quando está no carro. Fora dele, são pessoas de temperamento moderado. Por que, então, perdem a compostura e se tornam feras ao volante? As explicações mais comuns para essa mudança de atitude dizem respeito à irritação causada por congestionamentos cada vez mais freqüentes, à pressa e ao stress da vida moderna. Esses componentes certamente fazem parte da fúria motorizada, mas não são suficientes para justificá-la. “
http://veja.abril.com.br/290409/p_108.shtml
TEXTO 7
ESCREVA UM TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO EM QUE VOCÊ DISCORRA CRITICAMENTE SOBRE A COMPLEXA RELAÇÃO ENTRE O HOMEM URBANO CONTEMPORÂNEO E O CARRO. O TÍTULO É OBRIGATÓRIO!